quinta-feira

Maltratadas, espancadas, esfaqueadas, assassinadas.

Por eles. Os mesmos que lhe puseram o anel no dedo e disseram "sim". Os mesmos que lhes prometeram amor eterno. Os mesmos que lhes pediram desculpa por cada estalo "inocente". Uma vez. Duas vezes. Três vezes. Demasiadas vezes. Sempre mentira.

Às vezes irrito-me, zango-me com ela. O dia em que achar que lhe posso levantar a mão é o dia em que deixei de ser o homem que não precisou de lhe dizer "sim", porque a perenidade do que nos une não precisa de confirmação.

As filhas são duas. Tenho cada vez mais medo que cresçam. O filho é um. Espero que o ajudemos a crescer bem, para que não se torne num dos que pedem desculpa.






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